Nos anos 80, quando não havia no Brasil patins compatíveis com pistas de Skate, eu freqüentava a Frannette Skate Park que ficava no fundo da loja de mesmo nome na Avenida Paes de Barros, na Móoca, S. Paulo.
Mas foi difícil convencer o “seu” Alberto, dono da Frannette, a me deixar entrar na pista. Na primeira vez que eu chequei com meu par de patins ele disse: “Aqui não pode entrar com isso, não. É só Skate”. Na segunda vez que tentei, ele ficou mal humorado: “Ô moleque, eu já não disse que você não pode entrar com isso aí?”. Na terceira, mudei a estratégia. Pequei um skate emprestado de um amigo e escondi os patins em uma mochila. Consegui entrar… Mas quando o “seu” Alberto me viu prestes a entrar no Bowl, ficou apavorado. Correu em minha direção e começou a gritar: “sai daí, seu moleque… eu já te falei que aqui é só skate”. Mas era tarde… Antes dele me alcançar eu já estava batendo no cop no topo do bowl. E, para minha surpresa, o “seu” Alberto, mudou sua fisionomia de contrariedade para admiração e exclamou: “Nossa que legal! Eu não sabia que dava prá fazer isso de patins! Você pode continuar andando aqui. Mas só você…”
Em julho de 2010, fiquei sabendo que o Fernando, também nos anos 80, improvisou um patins “nervoso” com um tênis Adidas, truques e rodas de skate. Olha só as fotos do cara!!!